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Revista Luz & Cena
musical
Sonorização e mixagem do musical Capitão Rodrigo
Espetáculo musical tem LS9 da Yamaha para PA e monitores, Shure na captação e JBL na sonorização
Rodrigo Sabatinelli
Publicado em 08/07/2016 - 11h28
Juliano Ambrosini
 (Juliano Ambrosini)
Na estrada desde março passado, o premiado espetáculo A Saga de um Homem Comum é uma espécie de sátira à sociedade contemporânea, que aborda de forma criativa e bem-humorada as distorções das instituições, as injustiças sociais, a descrença nos políticos, o casamento, os valores impostos pela mídia, a opção por soluções violentas e a dúvida, ao final, quanto ao acerto das escolhas.
Apresentada em formato de ópera rock, executada ao vivo pela banda gaúcha Capitão Rodrigo, a peça, que conta com 11 músicas autorais -intercaladas por narrativas, performances e projeções de imagens -, é mixada por Arthur Credideu, técnico da banda Sepultura e responsável técnico pelo carnaval de rua de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em um papo com nossa equipe, ele conta detalhes sobre o projeto.

"A montagem é [do ponto de vista técnico] super desafiadora! Tenho muitos anos de estrada, nos quais venho trabalhando com bandas de diversos segmentos artísticos, mas este projeto, em especial, exige que eu me reinvente como profissional do áudio", diz.

"O fato de ter uma banda fazendo, simultaneamente, as funções de músicos e atores traz, em si, a necessidade de termos os instrumentos no 'modo sem fio', além de de uma pré-produção bem complexa", completa.

Ainda de acordo com Arthur, um projeto como esse precisa de uma carga de ensaios três vezes maior que o normal, o que, naturalmente, exige investimento de mais energia e tempo das equipes. Para ele, a montagem ocorrer em paralelo à gravação de um álbum, fez com que, diariamente, as criações do estúdio invadissem o palco e, consequentemente, o trabalho técnico.

"Outro fato interessante", lembra, "é que a banda queria fazer tudo com um mínimo de equipamentos, visando, com isso, ter um palco mais livre, sem toda aquela carga de caixas normalmente presentes num show de música".

NAS SUAS MÃOS

Para captar vozes e instrumentos, o técnico utiliza diversos modelos de microfones. As vozes, diz ele, recebem três headsets PG4, da Shure, sendo que um fica para "spare", enquanto que backing vocals ficam com os SM58 com fio, também da Shure, e, o narrador e os vocais com os wireless ew100, da Senheiser.

"São microfones que têm uma resposta ótima em sua relação custo-benefício. Como muitas das apresentações são em teatro, e somente com a nossa apresentação, sem compartilhamento de frequências com outros artistas, nunca temos problemas. O resultado é perfeito!", afirma.

Sobre a mesa, uma LS9, da Yamaha, com a qual mixa o PA e os monitores, Arthur se diz muito satisfeito. Para o técnico, poucos consoles possuem tamanha versatilidade pelo valor que este custa. "Com ele", afirma, "é possível, por exemplo, insertar vários equalizadores além do paramétrico, já que, na peça, são usadas poucas vias no palco. Em alguns casos, preferimos mexer na frequência no gráfico e não no paramétrico".

MENOR PA "POSSÍVEL"

Acostumado a mixar em grandes equipamentos, Arthur conta que, em Capitão Rodrigo, ele trabalha com um sistema minúsculo. Pertencente à banda, os pares de caixas EON 510 e EON 315, da JBL - atendem, respectivamente, a monitores e PA.

"Eles [a banda], desde o início, me pediram que esse fosse o nosso PA, pela qualidade inegável do equipamento e, principalmente, pela busca de uma sonoridade nítida e suave. Confesso que não achei que as JBL respondessem tão bem ao que estava sendo exigido, mas fiquei surpreso quando fizemos as sessões no palco externo do Theatro São Pedro com mais de 500 pessoas na plateia e o som parecia uma mix de estúdio", explica.

Sobre os monitores de chão escolhidos para a estrada, o técnico justifica a opção: "Como fazemos [as apresentações] muitas vezes em teatro - pequenos ou grandes, mas com acústica boa -, a nossa mixagem [do PA] parte do que é emitido do palco. Os músicos preferem e não abrem mão de tocar próximos dos outros, então, dificilmente coloco algum instrumento aberto [no palco], pois [eles] escutam [o som] do acústico ou dos amplificadores".

Para a monitoração, completa o técnico, é usado um par das pequenas, porém potentes, caixas EON510, da JBL. "No entanto, dependendo do tamanho do teatro, trabalhamos, ainda, com as EON315 como se fossem subs", encerra o profissional.
Tags: musical
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