Fábio Henriques

Publicado em 24/11/2013 - 18h06

Uma das frases mais comuns em áudio, e que fatalmente você já leu nesta revista várias vezes, é aquela que diz "seus ouvidos são o equipamento mais importante". Isto está longe de ser um mito. Na verdade, trata-se apenas de uma metonímia, pois os ouvidos são apenas os canais, os "conversores" que servem de entrada para o verdadeiro equipamento importante: o seu cérebro. E lá dentro está o verdadeiro tesouro de um profissional de áudio, que é o senso crítico.

Esta é a capacidade que temos de analisar uma excitação sensorial e a partir dela elaborar uma análise mental de tudo o que a cerca. Desde o som em si até a estrutura musical complexa envolvida, tudo contribui para que atinjamos o ápice da sofisticação, que é nossa habilidade de formar uma opinião a respeito de algo. Qualquer bom profissional de áudio, mesmo sem perceber, possui esta habilidade em alto grau, pois é ela que nos orienta e nos fornece os recursos para trabalharmos.

Quando a gente ouve algo e julga que "tal coisa soa bem", estão embutidos nesta opinião um número enorme de fatores que fica quase impossível enumerar. Aprofundarmo-nos neste tipo de análise seria um pouco cansativo aqui, mas precisamos lembrar deste fato para entrarmos finalmente em nosso assunto deste mês.

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